Dória cada vez mais longe da presidência
Candidato tucano hesita e escancara reconhecimento de falta de popularidade.
Com a polarização cada vez mais patente entre Lula e Bolsonaro, os candidatos da chamada terceira via estão tendo que rebolar para subir nas pesquisas. Partidos se movimentam para tentar criar um protagonista, mas como política é movida por ego essa tarefa torna-se cada vez mais difícil. Sobram nomes, mas que carecem de carisma e força para atrair a atenção popular.
No dia 31 de março os jornais iniciaram o dia publicando a desistência da presidência da república do pré-candidato do PSDB João Dória. A onda difusora da notícia ganhou força porque o governador tucano do Rio Grande do Sul Eduardo Leite havia deixado o cargo. No mesmo dia, Dória apareceu reafirmando sua candidatura alegando ter vencido as prévias do PSDB. O que o governador de São Paulo deve ter percebido é que sua popularidade realmente não anda nada forte. O anúncio movimentou os bastidores políticos e criou um enorme constrangimento no partido e só serviu para mostrar que Dória tropeçou e está cada vez mais longe da presidência.
Guerra pelo bronze
A terceira via vem capengando cada vez mais. Outro personagem que deu um passo em falso foi Sérgio Moro. O ex-juiz migrou do Podemos para o União Brasil e demonstrou inconstância. Além de jogar fora toda pompa de sua apresentação na ex-legenda, Moro flertou com cargos do legislativo e depois voltou atrás. É mais um que não decola nas pesquisas de jeito nenhum. Rodrigo Pacheco, atual presidente do Senado também desistiu. As apresentações às pré-candidaturas mais parecem laboratórios de popularidade. Ao mensurar o calor do povo, os políticos sabem se estão com a bola toda ou não. A verdade é que a terceira via não emplacou nenhum gol que abalasse a estrutura dos candidatos da ponta. Além de uma guerra excêntrica de uma pseudo-solução para o Brasil, esses candidatos parecem participar cada vez mais de uma grande guerra pela medalha de bronze.
