O corpo desenvolve inteligentemente o instinto de sobrevivência para respondermos com reflexos rápidos quando nossa integridade física está em perigo
Emocionalmente, nos valemos dessa habilidade, em constante estado de atenção e alerta, a fim de nos defendermos do que supomos ser um perigo. Quando nos mantemos por muito tempo nesse espaço, o corpo entende que é necessário sustentar toda a química interna de defesa, e lidamos com tudo a partir da reação e resistência.
Não se trata de ignorar ou minimizar eventos em nossas vidas que possam ter gerado marcas e que nos tenham motivado na instalação de mecanismos internos para autodefesa. Sobreviver ao mundo dos pais ou adultos, à socialização na escola, aos ensaios para independência na fase da adolescência, na esfera do relacionamento amoroso, à escolha da carreira ou no âmbito do trabalho, dentre tantas outras variáveis no nosso viver.
Sobre criação
Quando toda a nossa energia ou mecanismos internos estão ocupados em sobreviver, não dispomos de energia e espaço para sobre criar. Sobre criação ocorre quando nos permitimos reconhecer o contexto atual, bem como as escolhas que o criaram, com o objetivo de acessar quais novas atitudes e energias irão gerar resultados diferentes.
Se você pudesse mudar uma coisa uma única coisa em sua vida, o que seria? Qual ação você pode ser hoje – uma única nova ação ou atitude – que irá contribuir para disparar mudanças na sua realidade? Ocorre que se o objetivo for mudar sua realidade atual, da noite para o dia, é provável que você prefira desperdiçar tempo em reclamar do cenário atual, ao invés de investir sua energia em ações que irão criar novos cenários.
As técnicas integrativas permitem espaço interno para identificar prioridades, acessar a clareza de pensamentos, escolher as ações que irão gerar as gradativas mudanças, permitir-se às sintonias finas e sobre criar continuamente ao longo da jornada.
Problemas gástricos
As mais comuns causas estão associadas na dificuldade em digerir a vida com leveza e facilidade, trazendo esforço e resistência, bem como excesso de controle e preocupação.
Remediar ou prevenir?
A disfunção física ocorre quando já excedemos o limite que o corpo pode suportar num determinado quadro emocional. Não precisamos esperar que a dor apareça para só então nos observarmos e atuarmos como agentes na nossa própria mudança. Se não estivéssemos tão distraídos em fazer e estivéssemos mais dispostos em nos perceber, muita dor física seria evitada.
O convite
Ame-se e traga seu corpo junto. A dor não precisa ser calada, mas acolhida e compreendida. O tratamento convencional é necessário em casos críticos e agudos. Complementarmente, revisitar o emocional irá prevenir que a dor retorne ou se manifeste em outro órgão. É sobre estarmos presentes e nos revisitarmos continuamente com gentileza.
As técnicas integrativas permitem esse olhar amoroso sobre o convite feito pelo corpo. Permita-se ser a energia que se requer para lidar com tudo, ao invés do piloto automático que invalida a sua percepção da vida.