Para além do céu colorido por balões e paraquedas, cidade é uma grande potência quando o assunto é turismo rural

Juliana Moreno
Gislaine Silva

Não há como negar que Boituva é conhecida por ser um polo de balonismo do Brasil, sendo inclusive chamada carinhosamente de ´Capadócia brasileira´. Entretanto, para além dos balões e também do paraquedismo, outro grande atrativo, a cidade reserva muito mais. Ao voltar os olhos para o chão – de terra, muitas vezes – é possível encontrar uma nova potência, desta vez pautada no turismo rural. Neste aniversário de 86 anos, te convidamos a um outro olhar sobre Boituva, num caminho que vai não só além do céu, mas também do asfalto.

  Cicloturismo

Que tal começar com uma boa pedalada? Em Boituva é possível praticar o cicloturismo e percorrer mais de 70 quilômetros, distribuídos em quatro trilhas que passam por áreas rurais, destilarias, lugares históricos e culturais. As Rotas de Cicloturismo, uma iniciativa da Prefeitura de Boituva, por meio da Secretaria de Eventos, Juventude e Turismo, foram lançadas no ano passado. Felippe Vidal, secretário da pasta, conta que a pandemia fez com que as pessoas buscassem mais atividades ao ar livre, o que ocasionou um aumento do número de grupos de ciclismo. “Alguns grupos começaram a nos procurar, então fizemos uma junção com essas equipes. Elas nos ajudaram a criar rotas, que vão desde o nível mais fácil até o elevado, para atender a todos”, explica ele.

Com o objetivo de valorizar os pontos turísticos, proporcionam aos boituvenses, turistas e equipes de bike, passeios a lugares que fazem parte da história da cidade. “O turismo rural é algo que tem crescido muito no Brasil e Boituva tem um grande potencial nesse sentido. Quando fomos criar as rotas, priorizamos não somente os pontos turísticos, mas também os rurais”, fiz Felippe. As rotas foram divididas em “Rota das Artes”, “Rota da Cidade”, “Rota Gamero” e “Rota da Cachaça”. Elas são diferenciadas não somente pela distância, mas também pelo nível de dificuldade, que vai do simples ao avançado plus. Enquanto a “Rota das Artes” passa por pontos como Pontilhão Grafitado e Alameda das Artes, a “Rota da Cidade” convida a um passeio pelos principais pontos e parques da cidade.

Felippe explica que, nesses percursos, há diversas placas de identificação do cicloturismo, sendo algumas de “Ponto de hidratação” e “Ponto fotográfico do município”. “Fizemos parceria com alguns locais para que as pessoas possam parar para tomar água, demarcados como pontos de hidratação. Também sugerimos fotos em espaços, como em frente de uma parede ou casa antiga, que tenham relação com a história da cidade”, diz.

Nas placas, o ciclista ainda tem ainda à sua disposição QR Codes que podem ser acessados pelo aplicativo Strava. Através dele, é possível consultar informações como nível, tempo estimado, quilometragem e elevação. O secretário afirma que a intenção, futuramente, é ampliar e criar novas rotas, inclusive intermunicipais. “Além de oferecer uma estrutura ao turista que busca o cicloturismo, bem como ao munícipe, o projeto também é um incentivo ao esporte, ao bem-estar e à qualidade de vida. Boituva tem paisagens lindas, um clima agradável e essas rotas se beneficiam disso”, diz Felippe. Quem complementa essa informação é Diego Guilhermino, que é um dos integrantes do Câimbras Bike, grupo de ciclismo de Boituva. Ele afirma que a cidade tem várias rotas que são mais tranquilas e atendem até mesmo os iniciantes. “Elas já estão mapeadas, então você consegue sair um pouco da cidade e, em segurança, praticar o esporte ao ar livre, na natureza”, diz ele.

Duas rotas passam por bairros rurais de Boituva e pelas proximidades das tradicionais cachaçarias artesanais da cidade. São elas a “Rota Gamero”, de nível avançado e criada em homenagem ao professor Edson Gamero – amante da modalidade e falecido no ano de 2020 – e a “Rota da Cachaça”. E é nesse caminho que iremos seguir agora!

  Campo em Casa

Seguindo por esse caminho, quem nunca experimentou o delicioso iogurte de abacaxi e comeu o famoso queijo da Martina, não sabe o sabor irresistível que têm os produtos Campo em Casa. Em 1920, Josefina Franco Primo, mais conhecida como dona Zeca, iniciou a produção de leite em sua propriedade e fazia entregas na cidade até meados da década de 80. Em 2009, seu bisneto Luiz Henrique Primo, na época recém-formado como médico veterinário, estava buscando uma atividade na área. Por sugestão do pai, decidiu voltar a produzir leite na propriedade da família e seguir a tradição que sua bisavó começou em 1920. Ficou por muitos anos entregando leite para grandes laticínios e, depois de alguns anos, decidiu empreender. Foi então que, em 2014, chamou dois amigos para serem sócios e surgiu a Campo em Casa. “O nome foi pensado como algo que remetesse do campo para a casa das pessoas. A princípio era apenas com a produção de iogurte, e conforme a demanda foi aumentando, decidi iniciar com a produção de queijos”, diz Luiz.

Em 2019, a artesã de queijos Martina Sgarbi entrou em contato com Luiz para uma possível parceria. Com a ideia de comprar o leite e utilizar a estrutura da empresa para produzir queijos artesanais, nasceu a parceria e, consequentemente, a Q.Jo Martina. A artesã, que foi para fora do país aprimorar seu talento, teve queijos premiados, como o Marmorato, que recebeu medalha de bronze no Campeonato Mundial de Queijos, que ocorreu aqui no Brasil e recebeu participantes de 12 países diferentes na disputa. Já na categoria de iogurtes, recebeu medalha de bronze no mesmo campeonato, com o sabor abacaxi. Ainda, recentemente, Martina recebeu medalha de ouro no Campeonato Brasileiro de Queijos.

  Campo em Casa

Seguindo por esse caminho, quem nunca experimentou o delicioso iogurte de abacaxi e comeu o famoso queijo da Martina, não sabe o sabor irresistível que têm os produtos Campo em Casa. Em 1920, Josefina Franco Primo, mais conhecida como dona Zeca, iniciou a produção de leite em sua propriedade e fazia entregas na cidade até meados da década de 80. Em 2009, seu bisneto Luiz Henrique Primo, na época recém-formado como médico veterinário, estava buscando uma atividade na área. Por sugestão do pai, decidiu voltar a produzir leite na propriedade da família e seguir a tradição que sua bisavó começou em 1920. Ficou por muitos anos entregando leite para grandes laticínios e, depois de alguns anos, decidiu empreender. Foi então que, em 2014, chamou dois amigos para serem sócios e surgiu a Campo em Casa. “O nome foi pensado como algo que remetesse do campo para a casa das pessoas. A princípio era apenas com a produção de iogurte, e conforme a demanda foi aumentando, decidi iniciar com a produção de queijos”, diz Luiz.

Em 2019, a artesã de queijos Martina Sgarbi entrou em contato com Luiz para uma possível parceria. Com a ideia de comprar o leite e utilizar a estrutura da empresa para produzir queijos artesanais, nasceu a parceria e, consequentemente, a Q.Jo Martina. A artesã, que foi para fora do país aprimorar seu talento, teve queijos premiados, como o Marmorato, que recebeu medalha de bronze no Campeonato Mundial de Queijos, que ocorreu aqui no Brasil e recebeu participantes de 12 países diferentes na disputa. Já na categoria de iogurtes, recebeu medalha de bronze no mesmo campeonato, com o sabor abacaxi. Ainda, recentemente, Martina recebeu medalha de ouro no Campeonato Brasileiro de Queijos.

  Caminho do Queijo Paulista

Criado em 2017, o roteiro abrange 13 propriedades rurais de cidades diferentes que produzem variedades em queijos, através de produtores do estado de São Paulo. Na atualidade, a rota conta com queijarias artesanais em diferentes municípios, sendo que Boituva faz parte através da queijaria artesanal Q.Jo Martina, que foi incluída em 2021, sendo a 9ª a ser filiada com os queijos de Martina Sgarbi.

Atualmente, a empresa Campo em Casa é 100% gerida por Luiz e a produção de leite recebeu o nome de Leiteria Dona Zeca, em homenagem à bisavó. São produzidos em média de 380 a 400 litros de leite por dia, que são transformados em iogurte, sendo oito sabores: morango, abacaxi – em homenagem ao bisavô, que era plantador de abacaxi – maracujá, coco, ameixa, banana, aveia e natural. Há também uma grande variedade de queijos: fresco, meia cura, queijos finos da Martina (são nove tipos de queijos finos) e coalhada seca. Toda a produção é vendida na própria loja que fica localizada na Avenida do Trabalhador, 963 e o horário de funcionamento é de segunda a sábado, das 10h às 18h30, e aos domingos, das 9h às 13h.
Natural de Boituva, Luiz fala da importância de Boituva na vida dele e de sua família. “Sou suspeito a falar, tenho um amor enorme por essa cidade, meu sitio é aqui, minhas amizades, me orgulho de ser boituvense, de produzir alimentos aqui, de resgatar a história da minha família. São coisas que dão propósito no que eu faço e me enchem de orgulho mesmo. Eu me esforço para entregar o melhor do meu produto para os clientes, coloco muito amor no produto que é puro, faz bem pra saúde, que respeita os animais, um alimento que carrega muito afeto”, diz.

  Museu do Tropeiro

Agora, que tal uma paradinha no museu? Isael Pereira da Cruz é natural de Joaíma, terra das mulas, no norte de Minas. Descendente de tropeiro, desde criança tinha o sonho de ter um museu, sob influência de seu avô e seu primo, que eram tropeiros. Foi então que, em 1993, montou um museu itinerante, partindo de Itararé, com as peças que tinha na época, fazendo exposições em praças públicas, feiras e ginásios. Veio para Boituva no mesmo ano e se instalou. Começou com um quartinho de exposições e foi ganhando peças de amigos e algumas doações, que fez com que se tornasse possível o que antes era sonho. “O objetivo do museu é se tornar uma referência regional e contribuir para que Boituva seja uma cidade turística, de modo a fomentar a cultura tropeira”, conta Cruz.
Museu do Tropeiro

Agora, que tal uma paradinha no museu? Isael Pereira da Cruz é natural de Joaíma, terra das mulas, no norte de Minas. Descendente de tropeiro, desde criança tinha o sonho de ter um museu, sob influência de seu avô e seu primo, que eram tropeiros. Foi então que, em 1993, montou um museu itinerante, partindo de Itararé, com as peças que tinha na época, fazendo exposições em praças públicas, feiras e ginásios. Veio para Boituva no mesmo ano e se instalou. Começou com um quartinho de exposições e foi ganhando peças de amigos e algumas doações, que fez com que se tornasse possível o que antes era sonho. “O objetivo do museu é se tornar uma referência regional e contribuir para que Boituva seja uma cidade turística, de modo a fomentar a cultura tropeira”, conta Cruz.

  Cultura tropeira em Boituva

Em 2007, o museu, que já existia desde 2003, foi decretado utilidade pública. De lá pra cá, Isael começou a ministrar palestras sobre o tropeirismo, costumes, culinária, música, dança e iniciou parcerias com as escolas públicas, com o objetivo de levar conhecimento e contar um pouco da história do tropeirismo por meio dos objetos doados por famílias da região. “O resultado é extremamente positivo, pois crianças que não tinham contato com mula e a cultura tropeira, hoje têm acesso. O tropeirismo aumenta o ciclo de amizades, tenho amigos que hoje são pais, mas que lá atrás aprenderam sobre esse assunto e hoje têm uma gratidão enorme pelo conhecimento adquirido e o prazer de passar para novas gerações”, diz.

O intercâmbio cultural e religioso acontece há mais de 15 anos, nos meses entre maio a julho, saindo das cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, rumo a Aparecida do Norte, com tropeadas apenas com mulas e burros. “Boituva é uma cidade que me acolheu como se fosse um filho e já são 31 anos morando aqui. Tenho respeito pelas pessoas, pela cidade, pela proposta que ela tem de crescimento. Já não é mais uma cidade do futuro, o futuro é agora, é uma cidade que um empreendedor, investidor que quiser investir, vai ter sucesso, pois o progresso já chegou”, conclui.

O Museu está localizado na Rua Alameda dos Jerivás, 140, no bairro do Jerivá, porém, no presente momento está fechado para reforma e ainda não há previsão para reabertura. Mais informações podem ser solicitadas através do telefone (15) 3263-3887.

  Centro Equestre Liberdade

Agora o nosso passeio será a cavalo. O Centro Equestre Liberdade (CEL) foi inaugurado em Boituva no ano de 2021, ainda durante a pandemia. Possui o intuito de ajudar na construção de uma relação consciente entre ser humano, cavalo e natureza, assim como no processo de autoconhecimento através dessa relação. Fernanda Rosolino, uma das proprietárias, conta que a ideia da estrutura do local aconteceu a partir do seu TCC. “Sou formada em arquitetura e no meu TCC eu criei o CEL como meu projeto. Como tinha a propriedade aqui em Boituva, eu vi a oportunidade de tornar o meu TCC realidade e comecei a construir”, conta. Ela, que já tinha uma paixão por cavalos, viu a oportunidade não somente de trazer consciência sobre o animal através do projeto, mas também de levar cura e transformação para as pessoas através de uma relação saudável com os animais.

No CEL, as pessoas são convidadas a ações sensoriais e que promovem o bem-estar a partir do contato e do relacionamento com os cavalos. Estes, por sua vez, são tratados de modo livre, preservando ao máximo possível a liberdade e o modo de viver natural e selvagem dos animais no meio ambiente. “Como trabalhamos o autoconhecimento através dos cavalos, gostamos sempre de falar que nos voltamos para o simples, que pra nós sempre parte da observação. A ideia é, ao longo do processo, provocar reflexões nas pessoas, estimulá-las a pensar e expressar sua liberdade”, explica ela.

O local oferece experiências para quem tem interesse em aprender e entender mais sobre os cavalos, além de aulas de autoconhecimento, que atendem desde crianças, até adultos, sendo os atendimentos individuais ou em grupo. Fernanda afirma que o centro equestre recebe uma média de 50 pessoas mensalmente, vindas em sua maioria de outras cidades e até estados, já que o local também oferece hospedagem. “Sentimos um pouco de dificuldade para acessar as pessoas daqui para virem fazer atividades com a gente, talvez por ser algo muito novo. Mas, Boituva é uma cidade que eu tenho bastante carinho, por eu conseguir construir o meu sonho aqui”, finaliza Fernanda.

O Centro Equestre Liberdade fica na Estrada do Retiro, 581 e o telefone é o (15)99759-8253. Você também encontra o CEL no Instagram: @centroequestre_liberdade. O que acha de dar uma passadinha por lá?

  Ermida Mãe Rainha

Seguimos nosso caminho, agora envolto em fé e devoção. O que era pra ser uma propriedade particular, hoje é um lugar de partilha e encontro da comunidade. Nelson Bueno de Camargo (in memorian) e Francisca Rosa Januário de Camargo construíram no ano de 2000 uma pequena capela, localizada no bairro Água Branca, com o intuito de ter um lugar para reunir os filhos e rezar. Com o passar dos anos, o filho Roberto Bueno de Camargo, mais conhecido como Beto, teve a ideia de ampliar o espaço e abrir a propriedade para as pessoas terem seus momentos de oração e fé. Foi então que, em outubro de 2021, aconteceu a primeira missa consagrando o espaço à Ermida Mãe Rainha. “Fui para Canção Nova e voltei com a ideia de fazer uma ermida dedicada à Mãe Rainha, visto que na região de Sorocaba não tem nenhuma. Foi então que, com autorização do nosso pároco Pe. Edson Roberto Daros, convidei o Padre Giba, de Sorocaba, para celebrar a primeira missa e desde então ele vem pra cá uma vez ao mês. Poder divulgar a Mãe Rainha é muito gratificante para mim”, conta Beto.

Aposentado desde 2015, padre Giba foi convidado por Beto em outubro de 2021, para celebrar a missa e partilhar a palavra com a comunidade. Desde então, todo mês ele vem para Boituva e diz que a devoção à Mãe Rainha não pode parar. “Para mim está sendo muito bom trazer essa espiritualidade para a comunidade, venho com muito carinho, por ter esse propósito maior. Contamos com cerca de 60 a 70 pessoas por missa e o mais legal é que depois de celebrar partilhamos com o prato de doce ou salgado entre irmãos. Que Deus abençoe o Beto parapra continuar essa devoção à Mãe Rainha. Vale a pena sair de Sorocaba e vir para cá, porque eu faço a minha espiritualidade e a dos outros que vêm pra rezar também. O meu convite é bem aberto, bem amplo, para que todas as comunidades da cidade possam participar e que Deus todo poderoso abençoe todas as famílias hoje e sempre”, conclui padre Giba.

  Aberto à comunidade

No local existem as estações da via sacra, onde os fiéis contemplam a Paixão de Cristo. O espaço conta com a imagem de Jesus Misericordioso, Santa Rita de Cássia, Nossa Senhora de Lourdes e Nossa Senhora de Pentecoste, na entrada, a imagem de São Miguel Arcanjo. Além disso, todos os dias, às 12h e às 18h, o sino é programado para tocar a Ave Maria. “No Brasil há poucas ermidas dedicadas à Mãe Rainha e Boituva é privilegiada por ter uma. A divulgação acontece através do Facebook e boca a boca. Toda segunda temos o santo terço às 19h30 e o local é aberto para visitação 24 horas, exceto a capela. Já a Santa Missa acontece uma vez por mês, normalmente na semana do dia 18 de cada mês, de acordo com a disponibilidade da agenda do padre Giba e não coincidindo com o dia de missa e adoração na capela de Nossa senhora Aparecida no bairro Água Branca. A próxima missa será dia 19 de setembro”, diz Beto.

“Somos filhos de Boituva, amo essa cidade, minha família toda é daqui. Desejo que as pessoas tenham fé em Deus, amor e esperança, fé em Nossa Senhora e em Jesus, e que Deus abençoe a todos”, conclui. O local fica na Estrada Municipal Batista Favoretti, 5000, no bairro Água Branca.

  Agricultura natural

Neste trajeto pelo turismo rural, também encontramos a riqueza que vem da terra. Mariza de Camargo é bióloga, educadora ambiental e apaixonada pela natureza. Natural de Osasco, decidiu comprar um sítio em Boituva em 2000 com o objetivo de construir uma reserva vegetal. “Quando comecei a estudar meio ambiente e ter contato com a natureza, aquilo foi um encontro comigo mesma. Paralelamente, na implantação do Projeto Pomar (SP), conheci a Palmeira Jerivá, genuinamente brasileira, nativa da nossa Mata Atlântica. Então, quando nos mudamos pra cá, homenageamos o nosso espaço como Sítio Jerivá”, diz.

Atualmente, podemos encontrar na propriedade produção de limão, pitaya, açafrão, jabuticaba, maracujá, além de temperos naturais, sem conservantes e baixo teor de sódio. “O meu objetivo é levar os produtos até as pessoas para terem acesso à comida de verdade, rica em energia vital. Aprendi e coloco em prática a filosofia da Agricultura Natural, com o intuito de multiplicar a oportunidade de ter variedade na casa das pessoas. A alimentação é uma arte, quando a gente dá o prazer de apreciar e com equilíbrio, nosso organismo fica feliz”, afirma. Uma curiosidade, é que a bióloga é uma das poucas pessoas que possui uma muda do famoso abacaxi Boituva. Ela, que foi a responsável por encontrar e trazer para cidade a muda original, conta que o foco agora é preservar e futuramente multiplicá-las.

  Entrega dos produtos

Através do Empório Mariza Sobre Rodas, ela faz a curadoria de produtos naturais e artesanais, oriundos principalmente da Agricultura Familiar e dos MEIs da cidade e região. O processo de entrega e os produtos disponíveis podem ser consultados através do WhatsApp e também pelo Instagram. “Segunda e terça preparo as divulgações, quarta-feira disparo para os clientes, na quinta anoto os pedidos e sexta e sábado faço as entregas. Os produtores passam os produtos para mim e eu sigo sendo a distribuidora, além de ser a administradora da Cooperativa do Pequenos Produtores Rurais de Boituva e Região. Verduras e pães são os que mais saem. Meu foco é levar uma alimentação de verdade, oferecer um alimento natural do campo para a mesa e, assim, promover os produtos dos parceiros que nós temos no local”, afirma.

Ela finaliza dizendo o que a cidade representa para ela. “Eu encontrei aqui essa busca de viver a natureza e fui muito acolhida, sou apaixonada por este céu. Agradeço todos os dias pela oportunidade de apreciar essa natureza e desejo que juntos possamos sentir essa felicidade de uma vida saudável e feliz”, diz Mariza. O contato com o Empório Mariza Sobre Rodas pode ser feito através do telefone (15) 99612-1052 e pelo Instagram
@emporiomarizasobrerodas.

  Parque Ecológico

Você com certeza já visitou o Parque Ecológico Municipal Eugênio Walter, local que existe na cidade desde 1990 e até hoje mantém o seu propósito de preservação da fauna e da flora. Ali, é possível ver de perto diversos animais que vivem livremente pelo espaço, como gansos, paturis, galinhas d´água, garças, pavões e diversos outros pássaros. Pensando em explorar ainda mais a potência turística do local, foi instaurado um novo atrativo que é realmente encantador: pedalinho. “Sabemos que Boituva é muito forte na parte do turismo, então vimos isso em outras cidades e resolvemos aplicar aqui no município”, afirma Rodolfo Cruz, Secretário do Meio Ambiente de Boituva. Segundo ele, o local recebe visitantes de toda a região e até mesmo de São Paulo. “Há pessoas que saem da capital e vêm aqui para andar de pedalinho e também para fazer o circuito de arvorismo, que é outro grande atrativo”, diz ele.

Ainda de acordo com o secretário, o parque está se destacando cada vez mais. “É um atrativo e um ponto de visitação muito importante para o município. Isso sem falar da questão dos animais, já que temos aqui mais de 70 espécies”, diz. Ele também adianta que está no planejamento do Parque Ecológico a criação de um borboletário e também de novos recintos.

De acordo com ele, o parque chega a receber cerca de três mil pessoas por final de semana. O pedalinho foi inaugurado em maio e funciona gratuitamente todos os sábados, domingos e feriados, das 09h às 12h e das 13h às 16h. Já o Parque Ecológico tem horário de visitação das 09h às 17h, de terça a domingo, com entrada e estacionamento gratuitos, além de acessibilidade. O Parque Ecológico Municipal Eugênio Walter está localizado na Avenida Pedro Eid, s/nº.

  Parabéns, Boituva!

Boituva é uma cidade em pleno crescimento, rica em turismo e agraciada por um povo que se orgulha muito dela. Para encerrar, as felicitações ficam a cargo do prefeito Edson Marcusso, que felicita a cidade por mais um aniversário e salienta como o município, apesar de jovem, se destaca no cenário regional, estadual e até mesmo brasileiro. “Nossa querida Boituva está completando 86 anos. Terra de um povo hospitaleiro, trabalhador, que tem fé e que recebe muito bem. Boituva é uma cidade acolhedora. Cidade onde quem chegou ficou, quem partiu chorou e não se esquece nunca mais. Mas, nós que estamos aqui, que vamos ficar, temos que aproveitar e curtir esse nosso aniversário. Parabéns, Boituva. Parabéns, boituvenses”, finaliza ele.

“O turismo rural é algo que tem crescido muito no Brasil e Boituva tem um grande potencial nesse sentido” – Felippe Vidal

“A cacharia sem dúvidas é um dos patrimônios mais antigos de Boituva” – Gláucio Rosa Luvizotto

“…me orgulho de ser boituvense, de produzir alimentos aqui, de resgatar a história da minha família” – Luiz Henrique Primo

“O objetivo do museu é se tornar uma referência regional e contribuir para que Boituva seja uma cidade turística, de modo a fomentar a cultura tropeira” – Isael Pereira da Cruz

“A ideia é, ao longo do processo, provocar reflexões nas pessoas, estimulá-las a pensar e expressar sua liberdade” – Fernanda Rosolino

“No Brasil há poucas ermidas e Boituva é privilegiada por ter uma” – Roberto Bueno de Camargo

“Para mim está sendo muito bom trazer essa espiritualidade para a comunidade, venho com muito carinho, por ter esse propósito maior” – Padre Giba

“Agradeço todos os dias pela oportunidade de apreciar essa natureza e desejo que juntos possamos sentir essa felicidade de uma vida saudável e feliz” – Mariza de Camargo

“Há pessoas que saem da capital e vêm aqui para andar de pedalinho e também para fazer o circuito de arvorismo, que é outro grande atrativo” – Rodolfo Cruz