Profissionais em busca da excelência
Consultor em gestão empresarial fala sobre a importância de diferentes tipos de líderes nas organizaçõesOs baixos índices de produtividade podem estar diretamente relacionados na falta de líderes eficazes nas organizações. Uma liderança eficaz impacta de forma positiva no incentivo à proatividade dos demais colaboradores e nos resultados da empresa. O mundo atual pede que cada membro do time desempenhe seu nível máximo e busque a excelência.
Paulo Paiva, consultor em gestão empresarial e especialista em vida, carreira e negócios, com quase 20 anos de atuação em Gestão de Pessoas, afirma que se um líder não é treinado, ele não consegue monitorar ou participar das tomadas de decisões. “Temos que ampliar a visão do sistema. Hoje, quais são os problemas, o que a matriz oferece e que não utilizamos? O que precisamos adaptar? Problemas são oportunidades para melhorarmos um modelo organizacional já existente”, pontua.
“A equipe é a parte mais importante de uma organização, pois profissionais infelizes não trazem clientes felizes. Ser líder é ter a habilidade de inspirar as pessoas a desenvolverem seu trabalho com entusiasmo. Um bom líder é capaz de ouvir e se comunicar com os diferentes tipos de perfis profissionais, sabe trabalhar em grupo, inovar, educar os colaboradores, informar de forma clara e concisa, dar suporte, gerenciar conflitos, monitorar e administrar o tempo, além de saber também compartilhar os resultados”, orienta o especialista.
Tipos de líderes
Durante a jornada profissional, é possível identificar diversos tipos de líderes. Paulo as define como: águia, gato, lobo e tubarão. “Toda empresa necessita de características diferentes, porque são elas que somam e trazem um bom resultado. Já imaginou se todo mundo quiser mandar dentro da empresa? Se todos quiserem falar ao mesmo tempo? Ou se resolvem analisar o que está sendo feito? Se a empresa tem um perfil onde um se apoia no outro, quem é que vai liderar esse processo?”, indaga o consultor.
O inspetor de qualidade, Márcio Douglas Pitanga Cabral, acredita que para colocar um projeto em prática é necessário que a empresa tenha as ferramentas adequadas e líderes capazes de desenvolvê-lo. A empresa na qual trabalha, por exemplo, ao perceber uma defasagem entre os colaboradores que já atuavam na organização e os novos, ofereceu um curso de liderança para aperfeiçoamento dos profissionais. “Um líder é quem irá gerir o material, as pessoas, os projetos e os serviços em geral. É importante que ele tenha conhecimento da empresa e de cada indivíduo, para que saiba distribuir – de forma adequada – quais são as pessoas chaves para desempenhar cada tarefa”, comenta.
O líder, de acordo com Paulo Paiva, tem dois caminhos: ele pode se tornar mito ou herói. “Mito é quando ele deixa um legado. Um herói é um mártir, é quando ele fez um trabalho muito bem feito, foi reconhecido e deixou uma lição. O propósito do líder tem que ser o foco. Descobrindo este propósito, você entende porque a pessoa age daquela forma”, explica.
Águia, gato, lobo e tubarão
Não existem tipos certos ou errados de líderes, o que existem são perspectivas diferentes para um objetivo comum. A águia, por exemplo, é aquela que promove mudanças. É criativa, cheia de ideias e não tem medo de novo. Já o gato é um líder racional, seguro e harmonioso. É empático, compreensivo, aberto e responsivo.
Enquanto o lobo é o mais tradicional, apegado às rotinas e processos. É analítico e organizado. O tubarão é o líder com senso de urgência mais apurado. Tem prazer em agir sozinho e fazer as coisas do seu jeito.
Fernanda Uriarte, consultora de Relacionamento com o Cliente de uma empresa de Sorocaba, acredita que seu perfil profissional seja o de um gato. “Apesar de não ter um cargo de liderança, procuro ser líder nas minhas atitudes, afinal tenho que saber muito bem como trazer e levar informações entre as áreas. Quando se tem um perfil de liderança, você consegue ajudar as pessoas a resolverem problemas que, muitas vezes, elas não estão conseguindo enxergar. O líder é um líder do exemplo, que não sabe de tudo, mas sabe fazer as perguntas e permite uma abertura com o outro”.
Já para Alex Amorim Moura, da área contábil, seu perfil diverge entre o gato e o lobo e ele acredita que sem uma equipe diversificada, a empresa não funciona. “Meu perfil converge bastante entre o apoiador e o analítico. Em uma equipe diversificada, um completa o outro, caso contrário a máquina não funciona. Um tem que saber executar, um tem que analisar, o outro tem que saber como vender e um como supervisionar todas essas pessoas. O processo, num todo, precisa destes perfis”, comenta.
Paulo Paiva ressalta que inovar é preciso e que a organização não deve se responsabilizar sozinha pela sua carreira e salário. “O que você está fazendo para crescer ou se manter nesta posição?”, conclui.